terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Levantei cedo essa manhã. O céu estava azul, os pássaros cantavam, as crianças riam. A xícara de café estava na cômoda, as marcas marrom claras-escuras desenhadas no lado direito, sobrepondo-se ao desenho floral. Meus pés doíam. Minha cabeça latejava. Meus olhos ardiam. A visão estava embaçada. Andei, lenta, até o espelho. Não reconheci o reflexo. Não reconheci a maquiagem borrada, as lágrimas que ainda deciam em abundância, o cabelo amassado e embaraçado de um lado, os olhos mais claros que o normal, o joelho rasgado na calça, o salto quebrado embaixo da cama, a blusa com traços de bebida e cinzas manchando o branco, o coração partido. Não reconheci a figura que a garota alegre e sorridente, dos olhos brilhantes, a risada alta e o ‘foda-se’ nos lábios. Não vi quando ela mudara e tornara-se quem é. Não vi quando o mundo a quebrou, a matou e colocou outro alguém em seu lugar. Não havia sido consultada para tal.
Levantei cedo essa manhã. O céu estava azul, os pássaros cantavam, as crianças riam. A xícara de café estava na cômoda, as marcas marrom claras-escuras desenhadas no lado direito, sobrepondo-se ao desenho floral. Meus pés doíam. Minha cabeça latejava. Meus olhos ardiam. A visão estava embaçada. Andei, lenta, até o espelho. Não reconheci o reflexo. Não reconheci a maquiagem borrada, as lágrimas que ainda deciam em abundância, o cabelo amassado e embaraçado de um lado, os olhos mais claros que o normal, o joelho rasgado na calça, o salto quebrado embaixo da cama, a blusa com traços de bebida e cinzas manchando o branco, o coração partido. Não reconheci a figura que a garota alegre e sorridente, dos olhos brilhantes, a risada alta e o ‘foda-se’ nos lábios. Não vi quando ela mudara e tornara-se quem é. Não vi quando o mundo a quebrou, a matou e colocou outro alguém em seu lugar. Não havia sido consultada para tal.

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